Saturday 30 August 2008

LBA Iinforma [12/12/2005]

Plano de Manejo da Floresta Nacional do Tapajós é publicado
Santarém (12/12/05)- A Diretoria de Florestas (DIREF) e a Gerência Executiva do Ibama em Santarém lançou na última sexta-feira (9), a publicação do Plano de Manejo da Floresta Nacional Tapajós, conclusão de um trabalho iniciado em 2003, com objetivo de definir as regras para o uso sustentável da Unidade de Conservação. O evento também marcou o início da exploração múltipla sustentável dos recursos florestais, através do Projeto Ambé.

A elaboração do Plano de Manejo da Flona do Tapajós envolveu uma grande e variada equipe de profissionais especializados, que durante 2003 e 2004, coletaram dados sobre a Unidade de Conservação e realizaram diversas análises sobre os mesmos, e sobre outras pesquisas realizadas na Floresta Nacional ao longo de sua história. Além disso é preciso ressaltar a valiosa contribuição das populações tradicionais e dos seus conhecimentos sobre a área. O principal diferencial do Plano de Manejo é a ênfase na gestão e no manejo participativos, que buscam ser referências no gerenciamento das Florestas Nacionais.

Foram respeitadas várias etapas até a publicação, desde o Diagnóstico Rural Participativo, processo pelo qual as populações tradicionais se manifestaram, passando pela formação do Grupo de Apoio, levantamento bibliográfico, análise de imagens e cartografia, diagnóstico sobre fauna, zoneamento, programas de manejo, processo no qual foram detalhados o planejamento e as propostas de manejo, até a redação final do documento.

Criada pelo decreto nº 73.684, de 19 de fevereiro de 1974, a Floresta Nacional do Tapajós, primeira unidade de conservação desta categoria criada na Amazônia, teve momentos de tensão no seu começo, pois não era admitida a presença de populações dentro de áreas de conservação desse tipo. Algumas das famílias que foram assentadas nas margens da BR-163 (limite da Unidade) antes da criação da Flona e que estavam dentro da área da mesma foram desapropriadas e indenizadas, embora tenham lutado pela permanência. Também havia a questão da sede do município de Aveiro, dentro da Flona e de diversas comunidades tradicionais. A luta das comunidades para permanecer na área deu resultados e a regra mudou, passando a admiti-las.

Desde a implantação do Conselho Gestor em 1997 a FLONA é pioneira em gestão participativa, na qual além da atuação dos órgãos governamentais, há forte participação das comunidades e de vários setores da sociedade civil. As comunidades tradicionais tiveram voz ativa na discussão do Plano de Manejo, dando grande contribuição em sua elaboração.

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